quarta-feira, 18 de março de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Carta dos professores do Liceu de Braga em 1880


enviando um donativo para a estátua ao botânico Avelar Brotero

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Hacksaw live @ Braga 31.05.08

A Cidade e as Serras - Eça de Queiroz

"-Que casarão é aquele, além no outeiro, com a torre?
Eu não sabia. Algum solar de fidalgote do Douro... Tormes era nesse feitio atarracado e maciço. Casa de séculos e para séculos - mas sem torre.
-E logo se vê, da estação, Tormes?...
-Não! Muito no alto, numa prega da serra, entre arvoredo.
No meu Príncipe já evidentemente nascera uma curiosidade ela sua rude casa ancestral. Mirava o relógio, impaciente. Ainda trinta minutos! Depois, sorvendo o ar e a luz, murmurava, no primeiro encanto de iniciado:
-Que doçura, que paz...
-Três horas e meia, estamos a chegar, Jacinto!
Guardei o meu velho Jornal do Comércio dentro do bolso do paletó, que deitei sobre o braço; - e ambos em pé, às janelas, esperamos com alvoroço a pequenina Estação de Tormes, termo ditoso das nossas provações. Ela apareceu enfim, clara e simples, à beira do rio, entre rochas, com os seus vistosos girassóis enchendo um jardinzinho breve, as duas altas figueiras assombreando o pátio, e pôr trás a serra coberta de velho e denso arvoredo... Logo na plataforma avistei com gosto a imensa barriga, as bochechas menineiras do chefe da Estação, o louro Pimenta, meu condiscípulo em Retórica, no Liceu de Braga. Os cavalos decerto esperavam, à sombra, sob as figueiras.
Mal o trem parou para mim com amizade:
-Viva o amigo Zé Fernandes!
-Ó belo Pimentão!...
Apresentei o senhor de Tormes. E imediatamente:
-Ouve lá, Pimentinha... Não está aí o Silvério?
-Não... O Silvério há quase dois meses que partiu para Castelo de Vide, ver a mãe que apanhou uma cornada dum boi!"

terça-feira, 13 de janeiro de 2009